O vice-prefeito de Urumqi, Zhang Hong, cinco pessoas morreram e 14 ficaram feridas em protestos na cidade realizados ontem. Hoje, milhares de pessoas, a maioria da etnia majoritária han, tomaram as ruas de Urumqi pelo segundo dia consecutivo, exigindo melhoria na segurança na capital da província de Xinjiang. No mês passado, distúrbios na região deixaram quase 200 mortos.

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Os manifestantes exigem punição para os responsáveis pelos ataques de julho, membros tanto da etnia han quanto muçulmanos uigures. A polícia usou gás lacrimogêneo e apelos públicos para encerrar as marchas de hoje rumo a instalações do governo e do Partido Comunista. Eles também protestam pelos recentes relatos de ataques com seringas. Segundo a imprensa estatal, as principais vítimas desses ataques são chineses han.

Centenas de jovens han protestaram perto do local onde trabalha o secretário-geral do Partido Comunista em Xinjiang, Wang Lequan – um aliado do presidente Hu Jintao -, exigindo que ele deixe o posto. Policiais armados tomaram câmeras fotográficas e de vídeo de fotógrafos da agência de notícias Associated Press presentes no protesto.

As manifestações levaram confusão à cidade de 2,5 milhões de habitantes, com veículos banidos das ruas e quase todas as lojas e escolas fechadas. Todos os acessos às áreas uigures da cidade foram interrompidos, com as forças de segurança formando barreiras nas entradas das ruas. Wang falou aos manifestantes ontem, pedindo calma. As manifestações podem enfurecer as lideranças chinesas em meio à preparação para os festejos dos 60 anos do regime comunista no país, em 1º de outubro.

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Seringas

A mídia estatal afirma que 476 pessoas buscaram tratamento após serem atacadas com seringas, 433 delas da etnia han. O restante das vítimas pertence a outras etnias, incluindo uigures. Segundo a Xinhua, 21 pessoas já foram detidas no caso. O ministro da Segurança Pública da China, Meng Jianzhu, afirmou que separatistas étnicos são os culpados pelos ataques ocorridos na província de Xinjiang, no oeste do país.

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