O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, convocou para este sábado protestos na frente de quartéis para pressionar pelo apoio dos militares, porém os atos tiveram pouca adesão.

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O papel crítico dos militares venezuelanos na crise do país foi mostrado neste sábado. Enquanto Guaidó tentava convencê-los a apoiá-lo, a TV estatal mostrava o presidente Nicolás Maduro em um ato com cadetes do Exército. “Lealdade sempre”, gritou Maduro para uma multidão de cadetes com uniformes verdes.

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Nas ruas de Caracas, por sua vez, os militares deram uma demonstração do apoio a Maduro.

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Em uma das cenas, um manifestante pró-Guaidó entregou a um policial um bilhete pedindo apoio à queda do presidente. O agente de segurança acabou queimando o documento, deixando as cinzas caírem no chão.

“As forças armadas não serão chantageadas ou compradas”, disse um segundo policial que assistia à cena, que ocorreu perto do palácio presidencial.

Um manifestante manifestou sua irritação. “É uma humilhação”, disse Benito Rodriguez, que integrava um grupo de cerca de 150 pessoas.

Quando os ânimos começaram a ficar acirrados, a líder do protesto, Maria Suarez, pediu calma. “Por favor, muita disciplina”, disse.

“Eles acham que é uma piada. Eles não nos levam a sério. Eles não estão escutando”, queixou-se o manifestante Andrea Palma.

Os protestos ocorrem quatro dias depois de Guaidó clamar pelo apoio dos militares para tirar Maduro do poder.

A Venezuela enfrenta uma crise sem precedentes: há hiperinflação, recuo do Produto Interno Bruto (PIB), debandada de migrantes para os países vizinhos, desabastecimento e acusações de violência por parte das forças do Estado. Fonte: Associated Press.