A polícia usou, nesta segunda-feira (8), gás lacrimogêneo contra jovens que lançavam pedras em vitrines de lojas e em uma delegacia na cidade portuária de Tessalonica. É o terceiro dia de confrontos na Grécia, após a polícia matar a tiros um jovem em Atenas no sábado. Segundo a polícia, as manifestações já deixaram 67 pessoas feridas, sendo 37 policiais. Outras 30 pessoas ficaram feridas em Atenas no fim de semana. Também houve confrontos em Veria e estavam previstas manifestações em vários pontos do país, inclusive em Atenas.

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Os protestos explodiram na Grécia horas após a morte de um garoto de 15 anos, no sábado à noite, no instável distrito central de Exarchia. As circunstâncias do adolescente não estavam claras. Dois policiais argumentam que estavam sendo atacados por um grupo de 30 jovens e que tiros de advertência e uma granada de efeito moral foram utilizados quando eles encontraram o grupo, minutos antes da morte. Porém, testemunhas deram outra versão, alegando que os policiais atiraram contra os jovens. Os dois policiais foram presos e acusados, um por assassinato e o outro como cúmplice.

Na última vez em que um adolescente foi morto a tiros pela polícia no país, em 1985, houve semanas de protestos. Os protestos levam a marca dos anarquistas. Seus representantes, em grande parte jovens, possuem um sentimento contrário ao establishment e ao capitalismo e uma grande animosidade diante da polícia.

O país passa recentemente por uma série de protestos, alguns violentos, contra o governo do primeiro-ministro conservador Costas Karamanlis, também suspeito de envolvimento em um escândalo de corrupção. Os Socialistas estão consistentemente à frente nas pesquisas de intenção de voto, pela primeira vez em oito anos.

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