Protestos de muçulmanos na China deixaram 156 mortos

Confrontos e batalhas de rua deixaram pelo menos 156 pessoas mortas na província chinesa de Xinjiang, no oeste do país, e mais de 800 feridos, no mais violento levante étnico em décadas a atingir a região. Funcionários chineses disseram hoje que o número de mortos está subindo. A informação partiu da Xinhua, agência estatal de notícias da China. A polícia bloqueou ruas em alguns trechos da capital da província, Urumqi, após a disputa entre os habitantes da região, os turcos uigures islâmicos, ter degenerado em violência com os chineses han. Testemunhas disseram que os confrontos também estouraram hoje na segunda maior cidade da província, Kashgar, embora com menor intensidade.

Wu Nong, diretora da assessoria de imprensa do governo provincial de Xinjiang, disse que mais de 260 automóveis e veículos foram atacados ou queimados ontem e 203 lojas foram depredadas. “Nós pedimos à comunidade internacional que condene a China pelas matanças de uigures inocentes. Este é um dia negro na história do povo uigur”, disse Alim Seytoff, vice-presidente da Associação Uigur-Americana, com sede em Washington.

Ontem, entre mil e 3 mil uigures participaram dos protestos, que a certo momento se descontrolaram e viraram uma anarquia. Os relatos diferem sobre como irrompeu a violência, mas ela parece ter começado quando a multidão não obedeceu uma ordem para dispersar. A agência estatal de Notícias da China, a Xinhua, informou que centenas de pessoas foram detidas e barreiras policiais foram montadas na cidades para impedir que manifestantes escapassem.

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