Rebeldes curdos reivindicaram hoje a responsabilidade pelo assassinato de sete soldados turcos, segundo informou a agência de notícias curda “Firat”. O ataque provocou revolta no país e foi visto como um revés para os esforços do governo em se reconciliar com as minorias curdas. Jovens curdos têm realizado protestos violentos nas últimas semanas para denunciar as condições da nova prisão em que está o chefe dos rebeldes curdos, Abdullah Ocalan.
A agência, citando o grupo rebelde curdo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), afirmou que uma unidade que agia por conta própria realizou o ataque na segunda-feira, na cidade de Tokat, centro do país. Três soldados também ficaram feridos na emboscada rebelde, em um veículo militar.
Hoje, centenas de partidários dos rebeldes curdos realizaram um violento protesto, confrontando a polícia na cidade de Van, no oeste turco, perto da fronteira com o Irã, segundo a agência estatal “Anatólia”. A polícia prendeu 25 pessoas. Quatro policiais e dois manifestantes ficaram levemente feridos, segundo a agência.
Os protestos se intensificaram após a Suprema Corte turca começar as deliberações nesta semana sobre um caso que pode resultar no fechamento do Partido Sociedade Democrática, favorável aos curdos, sob a acusação de vínculos com o proscrito PKK. O veredicto pode sair amanhã.
O PKK é considerado terrorista por Estados Unidos e União Europeia. O partido investigado, porém, pediu que o governo negocie com os rebeldes e conceda uma anistia para os líderes guerrilheiros.