Com uma força jamais vista no governo de Nicolas Sarkozy, que assumiu em 2007, os franceses foram às ruas ontem para protestar contra a reforma da previdência, a corrupção e a política migratória. Entre 1,1 milhão de pessoas, segundo a polícia, e 2,5 milhões, conforme os sindicatos, cruzaram os braços nas áreas de educação, transporte e serviços públicos.
Acusado de liderar um esquema de financiamento ilegal de campanha, o coordenador das reformas e ministro do Trabalho, Eric Woerth, foi o alvo das manifestações, que pediam sua demissão. O “dia de ação” foi convocado pelas maiores centrais sindicais do país por causa do início do debate do projeto de reforma da previdência, enviado à Assembleia Nacional ontem. Entre outras medidas, o projeto prevê a elevação da idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos.
Desde a madrugada, algumas categorias pararam de trabalhar em Paris e no interior do país. Segundo o Ministério do Interior, embora os serviços essenciais tenham funcionado, 220 manifestações espalharam-se pelo país. O pico teria sido alcançado por volta das 15 horas, quando 2,5 milhões de trabalhadores protestaram, segundo a Confederação Francesa Democrática do Trabalho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
