Milhares de pessoas jogaram pedras e gritaram slogans contra a Índia hoje em vilarejos da região da Caxemira, após uma mulher ter denunciado à polícia que foi sequestrada e estuprada por soldados indianos.
Os protestos encerram um período de relativa calma na região do Himalaia e aumentam os temores de que os tumultos e a violência voltem às ruas das cidades da região. Pelo menos cinco civis e quatro soldados ficaram feridos. Os manifestantes pediram a prisão de dois soldados. O Exército da Índia e a polícia afirmam que a Justiça será feita e que os dois acusados estão sob prisão.
O chefe do exército indiano na Caxemira, o general Syed Ata Hasnais, disse que os militares investigam o caso, mas também sugeriu que insurgentes islamitas podem ter atacado a mulher para incitar a raiva da população contra a Índia. “Terroristas também usam uniformes de combate” que podem se parecer aos uniformes do exército indiano, disse Hasnain em Srinagar, capital do Estado da Caxemira.
A mulher, de 25 anos e moradora do vilarejo de Manzgam, denunciou à polícia que foi sequestrada por dois soldados na terça-feira e levada para um cativeiro, onde foi estuprada várias vezes pelos dois, durante dois dias. O marido da mulher afirma que ela está em estado de choque, mas é capaz de identificar os agressores.
Em 2009, amplos protestos explodiram na Caxemira, após acusações de que duas mulheres haviam sido estupradas e mortas por soldados indianos. Mais tarde, uma investigação do governo federal da Índia descobriu que as duas não haviam sido violentadas e morreram afogadas. As informações são da Associated Press.