Um raro confronto entre policiais e manifestantes no Taiwan, para liberar escritórios de gabinete que haviam sido ocupados, terminou com 137 feridos, sendo 24 hospitalizados, e 58 detidos.
Cinco dias atrás um protesto liderado por estudantes ocupou o Parlamento local após o governo recuar na promessa de rever todas as cláusulas de um acordo comercial com a China. O acordo comercial permitirá que as empresas do setor de serviços da China e de Taiwan criem filiais ou lojas nos dois territórios. Mas, até então, os protestos haviam sido em sua maioria pacíficos, atraindo dezenas de milhares de pessoas.
O governo chinês não comentou sobre o assunto, embora o jornal oficial Global Times tenha publicado nesta segunda-feira um editorial de tom crítico, no qual afirmou que falta aos estudantes de Taiwan “a coragem e a determinação para se comprometerem à integração econômica regional”.
Na manhã de domingo, o presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, rejeitou as demandas de rever o pacto, que foi assinado em junho do ano passado por representantes de Taipei e de Pequim, mas que ainda aguarda ratificação no Parlamento de Taiwan.
Ma afirmou que rejeitar o acordo neste momento iria minar a credibilidade do país e prejudicar a economia, enquanto líderes estudantis insistem que uma aproximação muito forte com a China poderia colocar em risco a liberdade democrática e abrir caminho para uma eventual anexação da ilha à China. Fonte: Associated Press.