A polícia da Grécia foi enviada hoje para dispersar manifestantes que haviam fechado a Acrópole em Atenas, o principal monumento arqueológico do país. Cerca de 100 policiais lançaram gás lacrimogêneo para afastar os manifestantes, enquanto vários turistas presenciaram a cena. Pelo menos um manifestante foi detido. Até o momento, não há informações sobre a reabertura do local.

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Ontem, o sindicato dos funcionários temporários do Ministério da Cultura começou o bloqueio para protestar contra a demissão iminente de 320 servidores, cujos contratos terminam no fim do mês. Os funcionários também querem receber salários não pagos que, segundo eles, somam um total de 5 milhões de euros ao longo de dois anos.

Após o início dos protestos, uma decisão judicial considerou ilegal o fechamento da Acrópole. No entanto, o responsável pela categoria no ministério, Nikos Hasomeris, advertiu as autoridades para não tentarem romper o bloqueio à força. “Todos nossos colegas estão nos apoiando. Portanto, o monumento não vai operar hoje, não importa o que aconteça”, disse ele à emissora Mega. “Nós queremos que o ministério cancele a demissão planejada de 320 funcionários e resolva suas dívidas com as pessoas que não são pagas há 22 meses.”

É comum que os funcionários temporários do Ministério da Cultura façam protestos fechando a Acrópole, para exigir por exemplo mais estabilidade no trabalho. A Grécia enfrenta uma crise orçamentária sem precedentes e quase entrou em moratória há alguns meses. Para reduzir os custos, o governo socialista impôs fortes cortes no orçamento e um congelamento nas contratações no setor público. Com informações da Dow Jones.

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