Protesto de policiais toma ruas e aeroporto de Quito

Centenas de membros da Polícia Nacional do Equador realizam um grande protesto nesta quinta-feira, concentrando-se em quartéis e se recusando a patrulhar as ruas do país. A intenção dos policiais é protestar contra a aprovação de uma lei no Congresso que afetará os rendimentos da categoria. Os policiais também tomaram o aeroporto de Quito e fecharam rodovias e ruas em várias cidades. A manifestação foi iniciada pelos policiais e ganhou apoio dos militares.

Reportagens da imprensa equatoriana afirmam que os protestos nas sedes da polícia em Quito, contra o governo do presidente Rafael Correa, já se espalharam por várias partes do país. Aparentemente, os policiais não ameaçam derrubar o governo.

O jornal El Comercio afirmou que mais de mil policiais protestaram em frente aos quartéis, na parte norte de Quito, marchando e gritando que “Correa está com problemas, pois mexeu com a polícia”.

Correa foi até a sede do regimento em Quito, na manhã desta quinta-feira, e disse aos manifestantes que não irá recuar nas reformas. “Se vocês querem matar o presidente, podem matá-lo”, disse Correa em discurso diante dos manifestantes. “Este presidente não recuará um único passo”, acrescentou ele, no poder desde janeiro de 2007.

A nova lei do Serviço Público pode tirar benefícios econômicos das forças de segurança. Com queimas de pneus e bombas de gás lacrimogêneo, policiais tomaram o Regimento Quito e outros destacamentos policiais em Guayaquil e em outras cidades, fechando ainda rodovias de acesso à capital. Segundo as emissoras locais, os militares tomaram o controle do Aeroporto Mariscal Sucre, em Quito.

O jornal El Universo, de Guayaquil, afirma que os policiais querem um bônus, a garantia dos anos previstos para as promoções, entre outros pontos. Em Guayaquil, vários pontos estão bloqueados pela polícia, entre eles a Ponte da Unidade Nacional e a de Portete.

O El Universo informa que o chefe do Estado-Maior, general Florencio Ruiz, falou com o auxílio de um megafone aos manifestantes. Ruiz disse que já conversou com autoridades no Legislativo e no Executivo, expondo os problemas para a polícia desta reforma. O general enfatizou a importância de os policiais escutarem o ministro da Casa Civil, Gustavo Jalkh. Com informações da Dow Jones.

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