Protesto contra pastor deixa 2 mortos no Afeganistão

Dois manifestantes morreram e quatro ficaram feridos no Afeganistão hoje, durante o terceiro dia de protestos contra os planos de um pastor norte-americano de queimar cópias do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, apesar da decisão do sacerdote de cancelar a ação. Mohammad Rahim Amin, administrador do distrito de Baraki Barak, na província de Logar, disse que as pessoas morreram e ficaram feridas quando soldados afegãos abriram fogo contra centenas de manifestantes que estavam tentando invadir uma central local do governo.

Prédios do governo, que é apoiado pelo Ocidente, têm sido alvo de afegãos nas recentes manifestações contra a queima do Alcorão. Terry Jones, o pastor de uma pequena igreja da Flórida, disse ontem que “sentimos que Deus está dizendo para pararmos” com a queima do Alcorão, que coincidiria com o nono aniversário dos ataques de 11 de Setembro de 2001.

A ideia de queimar o Alcorão irritou milhares de muçulmanos e não muçulmanos em todo o mundo.

Os manifestantes de Logar gritaram “Morte à América” e queimaram pneus, atacaram várias lojas e atearam fogo em pôsteres de candidatos eleitorais, disse Amin. “Tenho certeza de que isso foi trabalho de inimigos da paz e da estabilidade no Afeganistão, que estão tentando usar qualquer oportunidade para prejudicar a segurança”, afirmou Amin.

Forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte mataram, na noite de ontem, cinco insurgentes numa vila da província de Nangarhar, no leste do país. Eles foram mortos depois de “mostrarem intenções hostis” quando os soldados se moviam em direção ao local onde estavam, informou um comunicado. Segundo o documento, o comandante do Taleban estava planejando realizar ataques com foguetes em centros de votação durante as eleições parlamentares de 18 de setembro. O Taleban prometeu atacar seções eleitorais e advertiu os afegãos a não participarem do que chamam de “voto falso”.

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