Mais de mil pessoas marcharam em Sapporo, em Hokkaido, no norte do Japão, para protestar contra o encontro dos países mais industrializados do mundo. Houve um breve confronto dos manifestantes com a polícia, que prendeu quatro pessoas, entre elas um cinegrafista da agência de notícias Thomson Reuters. Os manifestantes partiram do parque central de Sapporo para pedir que o Grupo dos Sete (G-7) países mais industrializados e mais a Rússia, portanto, o G-8, tome medidas urgentes para frear o aquecimento global, para ampliar os direitos dos povos nativos e combater a pobreza mundial e a discriminação.

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A rede de informações públicas NHK estima que 2.500 pessoas tenham participado do protesto, mas a polícia não confirma o número. Não há informação de feridos.

Os manifestantes também fazem críticas à globalização, sob a alegação de que o movimento aprofunda a pobreza em regiões marginalizadas, alimenta a dependência mundial dos combustíveis fósseis e acelera o processo de elevação da temperatura global. "Quem deu o direito ao G-8 de organizar o mundo?", questionou Walden Bello, do grupo ativista Focus no Sul do Globo. "O G-8 é uma conspiração de governos que levaram o mundo para sua crise mais severa dos últimos 50 anos", acrescentou.

Os líderes do G-8 – Estados Unidos, Japão, França, Reino Unido, Canadá, Itália, Alemanha e Rússia – iniciam segunda-feira uma reunião de três dias em Sapporo. O principal assunto do encontro deverá ser o aquecimento global e a disparada dos preços do petróleo e dos alimentos. O Japão já mobilizou cerca de 20 mil autoridades policiais para fazer a patrulha dentro e nas proximidades do local do encontro, mas também nas principais cidades do país, incluindo a capital Tóquio. A guarda costeira e helicópteros militares também estão envolvidos na segurança.

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