Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Hong Kong no primeiro dia do Ano Novo para pedir eleições livres o quanto antes e a renúncia do líder Leung Chun-ying.

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Protestantes carregavam cartazes pedindo sufrágio universal e entoavam palavras contra Leung, enquanto marchavam do Victoria Park, no leste da cidade, para o coração do distrito financeiro. A marcha começou às 15h e terminou às 21h (do horário local).

Organizadores disseram que 30 mil pessoas participaram do protesto, mas a polícia informa que o movimento reuniu 11.100 manifestantes. “Eu quero ter maior voz na escolha do nosso líder. Isso é muito importante para nossa próxima geração”, afirmou Lee Chan Kiu, 67 anos, gerente de uma companhia de construção.

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O porta-voz do governo informou hoje que a administração respeita a livre expressão. Ele acrescentou que é uma “aspiração comum” de Pequim, do governo de Hong Kong e do povo implementar o sufrágio universal na eleição do chefe do executivo, prevista para 2017.

Embora a ex-colônia britânica tenha retornado ao domínio chinês, em 1997, ainda opera com sistemas político e econômico independentes. A Lei Básica, a constituição da cidade elaborada antes de Hong Kong ter sido devolvida aos chineses, estipula que o “objetivo final” é eleger eventualmente o líder por sufrágio universal.

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Pequim prometeu que Hong Kong terá um líder eleito diretamente ainda em 2017, quando o mandato de Leung termina. Desde que assumiu o poder, em julho de 2012, seu governo é assolado por uma série de escândalos políticos e investigações criminais que provocaram a saída de diversos membros da equipe. E a taxa de aprovação de Leung está em declínio, de acordo com o programa de opinião pública de Hong Kong. Fonte: Dow Jones Newswires.