A Promotoria Geral da Rússia apresentou nesta terça-feira um requerimento judicial na qual solicita a proibição do controvertido filme “A Inocência dos Muçulmanos” que parodia o profeta Maomé, segundo informou um porta-voz do tribunal Tverskoi de Moscou à agência “Interfax”.

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O tribunal decidirá em um prazo de cinco dias se admite o processo contra o filme, que causou uma onda de violentos protestos no mundo árabe.

A Promotoria russa advertiu que se a fita for declarada extremista pela Justiça pode exigir responsabilidades aos provedores de internet que divulgarem o conteúdo do polêmico vídeo e ameaçou com um endurecimento da legislação na rede.

A Promotoria anunciou ontem que pedirá aos tribunais a proibição do filme, já que “ofende os sentimentos dos crentes e instiga o ódio étnico”.

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“Até a adoção de uma decisão judicial, a Promotoria ordenou aos serviços federais de controle no âmbito das comunicações que tomem medidas para frear a propagação do conteúdo do filme nos meios de informação”, disse Marina Gridneva, porta-voz do órgão.

Gridneva ressaltou que o objetivo do processo é proibir a difusão do filme em todo o território da Rússia, onde vivem cerca de 20 milhões de muçulmanos.
Por sua vez, o ministro de Comunicações da Rússia, Nikolai Nikiforov, assegurou nesta terça-feira que o Governo poderia bloquear completamente o YouTube no começo de novembro devido à difusão do vídeo.

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Em 1º de novembro entrará em vigor a nova lei sobre informação que prevê a elaboração de uma lista negra de páginas da internet, algo visto pela oposição como um pretexto para perseguir os portais opositores.