O promotor-geral da Georgia pede ao tribunal do Estado norte-americano que rejeite o apelo final de Troy Davis, que está no corredor da morte e deve ser executado nas próximas horas.
Na documentação apresentada ao Tribunal Superior do Condado de Butts nesta quarta-feira, o promotor chefe afirma que os advogados de Davis estão tentando usar táticas para adiar a execução e apresentando as mesmas provas que já foram rejeitadas pelo tribunais.
A moção aberta pelo grupo de defensores de Davis contesta as provas balísticas de um especialista do escritório de investigação de Georgia apresentado no julgamento do réu, em 1991, além de contestar as declarações de testemunhas.
Davis pode ser executado às 20h (de Brasília) com injeção letal, pelo assassinado de um policial que estava de folga em Savannah. Davis afirma que não cometeu o crime.
Pessoas que apoiam Davis planejam realizar vigílias em todo o mundo. Haverá uma manifestação do lado de fora da prisão onde ele está, em Jackson, e em embaixadas norte-americanas na Europa.
Dentre os partidários de Davis estão o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, o papa Bento XVI, um ex-diretor do FBI e vários conservadores.
Várias testemunhas refizeram suas declarações de que Davis matou o policial e alguns integrantes do júri disseram que mudaram de opinião sobre sua culpa. Ainda assim, os promotores e a família da vítima, Mark MacPhail, apoiam o veredicto e tribunais federais e estaduais têm repetidamente confirmado sua condenação.
MacPhail trabalhava como segurança num terminal de ônibus em 19 de agosto de 1989. Ele foi ajudar Larry Young, um sem-teto que, segundo a promotoria, Davis estava golpeando com uma arma.
Quando MacPhail, de 27 anos, chegou ao estacionamento de uma lanchonete da rede Burger King foi morto por Davis. Alguns defensores do réu afirmam que o homem que estava com Davis naquela noite disse à polícia que ele foi quem atirou no policial. As informações são da Associated Press.