Promotoria italiana pede 6 anos de prisão para Berlusconi

A promotoria pública de Milão pediu nesta segunda-feira uma condenação de seis anos de prisão ao ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi e a proibição vitalícia ao exercício de cargos públicos pelo político.

O pedido da promotoria faz parte de um julgamento no qual Berlusconi responde por pagar pelos serviços sexuais de uma adolescente marroquina durante uma festa da qual foi anfitrião quando ainda era primeiro-ministro. Berlusconi também é acusado de tentar acobertar o caso.

Na semana passada, um tribunal de recursos condenou Berlusconi a quatro anos de prisão e cinco anos sem poder concorrer a cargos eletivos em um processo por fraude fiscal envolvendo seu conglomerado empresarial.

Os dois processos levantam questionamentos sobre o futuro político do ex-primeiro-ministro e atual deputado.

Berlusconi dominou a cena política italiana durante décadas. Nas inconclusivas eleições de fevereiro, ele encabeçou uma coligação conservadora que terminou como a segunda mais votada e agora integra uma precária coalizão de governo com a centro-esquerda. Apesar de não ter cargo no governo atual, Berlusconi ocupa uma cadeira no Parlamento da Itália.

No processo em questão, Berlusconi é acusado de contratar os serviços da jovem marroquina Karima el-Mahroug, mais conhecida como “Ruby”. Ela era menor de idade quando aconteceu a festa em questão.

A promotora Ilda Boccassini acusou “Ruby” de ter mentido ao negar que teve relações sexuais com Berlusconi. “Não há dúvidas de que Ruby manteve relações sexuais com o acusado em troca de benefício econômico”, disse Ilda.

Além disso, a promotora afirmou que as jovens mulheres convidadas às festas “faziam parte de um sistema de prostituição organizado para o prazer de Silvio Berlusconi” e que “não havia dúvidas” de que Ruby tinha menos de 18 anos quando foi incluída na lista de convidadas do ex-primeiro-ministro.

Segundo a defesa de Berlusconi, o pedido da promotoria baseia-se em “teorias, conjecturas, ideias impossíveis e falsidades inspiradas pelo preconceito e o ódio”. As informações são da Associated Press.

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