Promotores e policiais escoceses interrogaram Moussa Koussa, o ex-ministro de Relações Exteriores da Líbia que recentemente deixou o cargo e foi para a Grã-Bretanha, por sua ligação com a explosão de um avião de passageiros em 1988 sobre a cidade escocesa de Lockerbie.

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O interrogatório alimentou expectativas entre os parentes das 270 vítimas de que novas informações podem surgir sobre quem ordenou e planejou o pior atentado terrorista britânico. Mas um processo legal contra Koussa representaria uma dor de cabeça para a Grã-Bretanha, que tenta encorajar outros membros do governo de Kadafi a desertar.

“No meu ver, ele seria objeto de interesse para a polícia escocesa porque ele era o braço direito de Kadafi e esteve envolvido na negociação das indenizações feitas às famílias das vítimas de Lockerbie”, disse Paul McBride, um dos principais advogados de defesa da Escócia. Na semana passada, o secretário de Relações Exteriores britânico, William Hague, disse que Koussa não vai receber imunidade da Grã-Bretanha ou da justiça internacional.

Ontem, integrantes da polícia do condado de Dumfries and Galloway, apoiados pelo serviço real de promotoria, reuniram-se com Koussa para falar sobre a atual investigação do atentado em Lockerbie, disse uma porta-voz em comunicado. Ela se recusou a dar mais detalhes sobre o encontro.

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Promotores escoceses mantiveram aberta a investigação sobre Lockerbie desde que o ex-agente de inteligência líbio Abdel Baset al-Megrahi tornou-se a única pessoa condenada pela explosão da bomba, colocada a bordo do avião da Pan Am.

Koussa tem sido acusado de participar do ataque. O governo de Kadafi sempre afirmou não ter nada a ver com o atentado e que al-Megrahi é inocente. Koussa também esteve envolvido na negociação dos pagamentos de indenizações às famílias das vítimas e na libertação de al-Megrahi, em 20 de agosto de 2009. As informações são da Dow Jones.

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