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Projeto de lei sobre sanções contra a Rússia corre risco de ser diluído nos EUA

Um projeto de lei que tornaria mais difícil para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aliviar as sanções contra a Rússia enfrenta obstáculos na Câmara dos Representantes, com a Casa Branca não descartando um veto à proposta e alguns deputados republicanos afirmando que a medida prejudicaria empresas americanas.

O projeto de lei foi aprovado no Senado no mês passado por 98 votos a 2, em uma rara demonstração de unidade bipartidária favorável a uma legislação que abalaria a Rússia com novas sanções, em parte devido à avaliação das agências de inteligência dos EUA de que Moscou interferiu nas eleições presidenciais americanos de 2016. Depois que a Câmara levantou objeções parlamentares contrárias ao projeto de lei, o Senado fez correções técnicas e enviou a proposta de volta à Câmara para uma votação.

Para Trump, o projeto apresenta um dilema. Se a medida for aprovada, ela prejudicaria o poder presidencial de condução da diplomacia, na visão de funcionários da Casa Branca. Até a próxima semana, a Câmara está em recesso devido ao feriado pela Independência, em 4 de julho, e nenhum cronograma foi definido para considerar o projeto de lei, que também traz novas sanções contra o Irã. Os defensores da proposta se preocupam que um atraso pode dar aos oponentes mais tempo para suavizar as medidas. “Isso dá uma abertura para que as pessoas abrandem o projeto? Absolutamente. Há pessoas que amariam que isso acontecesse”, disse o presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Bob Corker (Tennessee), a repórteres.

Trump deve se reunir com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pela primeira vez desde que se tornou presidente, na próxima semana, durante a cúpula de líderes do G-20, em Hamburgo, Alemanha. Não está claro se o projeto de lei que aumenta as sanções contra Moscou estará na pauta da conversa.

Por enquanto, o projeto de lei limitaria o poder da Casa Branca para atuar sobre sanções sem a autorização do Congresso, exigindo que o presidente busque a permissão do Congresso para relaxar o atual conjunto de sanções contra a Rússia. Fonte: Dow Jones Newswires.

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