Christine Ford revelou ter sofrido com o trauma causado pelo abuso sexual por anos e que violência mudou sua vida de maneira drástica; ela testemunhou diante de Comissão de Justiça do Senado americano

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A mulher que acusa o indicado à Suprema Corte de abuso sexual, a doutora e professora Christine Blasey Ford, terminou de dar seu testemunho à Comissão de Justiça do Senado dos Estados Unidos na tarde desta quinta-feira, 27.

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Seu depoimento durou cerca de quatro horas. Christine alega que, em uma noite de 1982, Brett Kavanaugh a prendeu em uma cama e tentou estuprá-la. A professora não hesitou ao afirmar a questão crucial sobre o suposto ataque: a identidade de quem a agrediu. E afirmou ter “100% de certeza” que Kavanaugh era o responsável.

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Christine foi questionada pela senadora democrata Dianne Feinstein sobre de que maneira poderia ter certeza da identidade de quem a assediou. “Da mesma maneira como eu tenho certeza de estar falando com você agora”, respondeu a professora. Em seguida, a senadora se certificou da afirmação. “Então o que você está nos dizendo é que este não seria um caso de engano de identidade?” “Absolutamente não”, respondeu Christine.

Durante a audiência, a professora disse ter “agonizado diariamente” antes de decidir se deveria ou não falar sobre o caso. Ela revelou que, ao longo dos anos, fingiu que nada havia acontecido, porque não chegou a ser estuprada. No entanto, disse Christine, quando o nome de Kavanaugh apareceu como possível postulante à Suprema Corte, ela mudou de ideia.

Apesar de não ter sido estuprada, a professora afirmou que o abuso alterou sua vida de maneira drástica por muito tempo. Ela afirma ter sofrido de ansiedade, fobia e sintomas decorrentes de estresse pós-traumático.