Príncipe saudita é condenado por matar funcionário

O príncipe saudita Abdulaziz bin Nasser al Saud foi condenado hoje pelo assassinato de um de seus funcionários durante um ataque no interior de um hotel britânico. Um júri do tribunal criminal londrino de Old Bailey determinou que o príncipe é culpado pelo assassinato de Bandar Abdullah Abdulaziz, no Hotel Landmark, em 15 de fevereiro. Al Saud, de 34 anos, cujo avô é irmão do atual rei saudita, pode cumprir prisão perpétua. A sentença será divulgada amanhã.

O promotor Jonathan Laidlaw disse que o príncipe havia abusado de seu auxiliar no passado, mostrando aos jurados um vídeo gravado no interior do elevador do Landmark, no qual o príncipe, vestido de branco, empurra o auxiliar de 32 anos e bate nele. Fotografias armazenadas num telefone celular “provam claramente” que havia um “elemento sexual” no ataque, disse Laidlaw.

Em princípio, Al Saud disse à polícia que ele e Abdulaziz haviam ingerido álcool durante a madrugada e que, quando ele despertou, não conseguiu acordar Abdulaziz. Os jurados não aceitaram o pedido de seu advogado de defesa, John Kelsey-Fry, para que o príncipe fosse condenado apenas por homicídio. O príncipe foi condenado por assassinato e por ter causado danos corporais sérios durante o ataque no elevador.

“Este era um relacionamento profundamente abusivo do qual o réu se aproveitava – como demonstra o ataque no elevador – por razões sádicas, para sua satisfação pessoal”, afirmou Laidlaw ao júri. “O abuso ia além do maltrato físico. Havia claramente um elemento emocional e um elemento psicológico.”

O promotor disse que Abdulaziz se rendeu humildemente à agressão fatal. “Aparentemente, ele foi morto sem lutar, porque o réu estava completamente desarmado e não apresentava qualquer marca corporal ao ser examinado na delegacia. Parece que Bandar deixou que o acusado o assassinasse”, disse Laidlaw.

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