Os primeiros resultados oficiais da apuração dos votos das eleições presidenciais na Argentina serão divulgados às 21 horas (22 horas de Brasília), segundo informou o ministro do Interior, Florencio Randazzo. O ministro afirmou que “as eleições foram realizadas com total normalidade, sem nenhum tipo de incidente, e com o mesmo nível de participação em eleições gerais anteriores e nas primárias de 14 de agosto”.
Randazzo disse que “esse foi o processo eleitoral de maior sucesso no processo democrático da Argentina”, consequência da Reforma Eleitoral e da Lei de Comunicações audiovisuais, conhecida como a Lei de Meios, impulsionada pela presidente Cristina Kirchner.
Segundo ele, ambas as medidas “permitiram que tanto os pequenos quanto os grandes partidos tivessem a oportunidade de divulgar suas propostas de forma igualitária”. Embora o resultado oficial parcial ainda não tenha sido divulgado, a festa dos “cristinistas” já começou na histórica Praça de Maio, palco das grandes mobilizações populares do país.
Todas as pesquisas de boca de urna divulgadas pelos comitês de campanha e diferentes meios de comunicação apontam para a reeleição de Cristina Fernández de Kirchner com mais de 54% dos votos. O segundo colocado, o socialista Hermes Binner, teria cerca de 14%, o que representaria a maior diferença histórica entre o primeiro e o segundo colocado.
O recorde pertence, até o momento, ao ex-presidente Juan Domingo Perón, que obteve uma vantagem de 37 pontos sobre seu adversário Ricardo Balbín nas eleições de 1973, quando conquistou seu terceiro mandato. O diretor da consultoria Ipsos Mora y Araújo, Luis Costa, afirmou que “a abismal diferença entre o primeiro e o segundo lugar é o que mais chamou a atenção nestas eleições”. Porém, ele ponderou que o fenômeno se deve à falta de articulação da oposição e da ausência de alternativas partidárias.
