Primeiro-ministro indiano defende paz com Paquistão

O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, disse hoje que chegou a hora de selar a paz com o vizinho e rival Paquistão. Ele admitiu, porém, que as relações entre os dois países ainda “sofrem um estresse considerável” por causa dos ataques extremistas do fim do ano passado contra Mumbai (ex-Bombaim). O atentado deixou 166 mortos depois de um cerco de três dias aos radicais islâmicos. Singh defendeu a paz com o Paquistão um dia depois de se reunir na Rússia com o presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari. O encontro foi o primeiro desde os ataques de novembro.

O chefe de governo indiano exigiu que Islamabad adote medidas “duras e efetivas” para impedir que ocorram novas ações de extremistas paquistaneses contra o país. A Índia atribui a um grupo extremista paquistanês o planejamento e a execução dos ataques a Mumbai. Autoridades paquistanesas admitiram que os ataques foram parcialmente planejados em seu território. “Se o Paquistão demonstrar coragem, determinação e diplomacia para tomar o caminho para a paz, a Índia estará esperando logo adiante”, disse Singh, citado pela mídia indiana. Ele defendeu que Nova Délhi “tente novamente fazer a paz com o Paquistão”, mas afirmou ter dito a Zardari que o Paquistão “precisa impedir o uso de seu território para ataques contra a Índia e levar à Justiça responsáveis por ataques do passado”.

Funcionários paquistaneses não foram encontrados para comentar as declarações do primeiro-ministro indiano. Desde meados do século passado, quando se tornaram independentes da Grã-Bretanha, Índia e Paquistão travaram três guerras. A tensão entre Nova Délhi e Islamabad diminuiu consideravelmente a partir de 2004, quando começou um processo de paz. O intercâmbio cultural e as conexões rodoviárias foram restauradas nos últimos anos. Apesar disso, poucos avanços ocorreram na busca por uma solução para as desavenças entre as partes.

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