O primeiro-ministro da Tunísia, Hamadi Jebali, afirmou, no sábado (09), que está pronto para se demitir caso não receba amplo apoio político para seu novo gabinete. Em entrevista, ele disse que todos os ministérios formados por islamitas seriam reconfigurados como “independentes”, caso contrário o país “entraria em caos”.
Jebali anunciou a dissolução do gabinete ministerial e a formação de um governo de unidade nacional dominado por tecnocratas sem filiação política, na quarta-feira (06), logo após o assassinado do líder da oposição Chokri Belaid. A morte de Belaid desencadeou uma série de confrontos nas ruas de Túnis entre quarta (06) e sexta-feira (08). De acordo com o ministério do Interior do país, um policial morreu, 59 agentes ficaram feridos e 375 pessoas foram presas. O governo não divulgou, no entanto, quantos civis se machucaram durante o confronto.
Belaid foi assassinado na quarta-feira, quando saía de sua casa. Ele chegou a ser socorrido em um hospital nos arredores de Túnis, mas não resistiu aos ferimentos. Após a confirmação da morte de Belaid, manifestantes tomaram as ruas de Túnis. As informações são da Dow Jones.