Pressões internas fazem Obama apressar sanções ao Irã

Barack Obama tem pressa. Apesar de a Casa Branca calcular que o Irã levará até cinco anos para ter armas nucleares, Obama dificilmente atenderá aos apelos do Brasil para adiar sanções a Teerã. Ele quer sanções no máximo após a revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, no fim de maio.

Obama tem pressa porque a Casa Branca está sob tremenda pressão interna para aplicar as sanções. Além disso, os EUA temem que Israel opte por um ataque contra os reatores iranianos, como fez com a Síria em 2007. Por fim, a questão nuclear é a grande aposta de Obama para salvar sua política externa.

Dois projetos de lei no Congresso que preveem sanções duras, como suspensão de exportação de gasolina para e punições contra empresas, estão prontos para ser votados. Congressistas concordaram em dar um prazo para Obama obter sua solução multilateral – sanções no Conselho de Segurança (CS) da ONU.

Mas Obama já está tentando amarrar as sanções no CS há sete meses, lutando contra a resistência da Rússia e, principalmente, da China. O Congresso, pressionado pelo lobby pró-Israel, perdeu a paciência. “Os esforços diplomáticos fracassaram”, disse recentemente o senador democrata Charles Schumer.

Nesta semana, 366 deputados e 80 senadores, representando mais de 70% do Congresso, enviaram uma carta a Obama pedindo “sanções extremamente agressivas” contra o Irã.

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