Presos palestinos encerram greve de fome

Centenas de presos palestinos concordaram nesta segunda-feira em acabar com uma semana de greve de fome após conquistarem concessões de Israel para melhoras nas condições de detenção, anunciaram as duas partes. No total, a greve chegou a envolver alguns presos por 77 dias, deixando vários em situação crítica e correndo o risco de morte. O final da greve ocorre na véspera de um dia importante para os palestinos – o 15 de maio, quando eles lembram a expulsão de centenas de milhares de antepassados das terras que hoje são Israel, no chamado naqba – desastre, em árabe.

Entre as demandas que Israel atendeu estão a permissão para os presos receberem a visita de familiares da Faixa de Gaza – proibidas desde 2006 – a autorização para que possam usar telefones celulares para se comunicarem com parentes fora das prisões, e a suspensão da política israelense das “detenções administrativas”, que permitem que um suspeito fique detido por meses ou até anos sem julgamento.

Em troca os detentos palestinos se comprometeram “a suspender totalmente as atividades terroristas em Israel lançadas a partir das cadeias”, disse o Shin Bet, polícia interna de Israel. O Shin Bet também afirma que comandantes dos grupos militantes livres se comprometeram a “prevenir atividades terroristas”.

Israel informou que 1.600 prisioneiros, ou mais de um terço dos 4.500 palestinos que no momento estão nas prisões israelenses, aderiram à greve de fome. Os palestinos afirmam que o número estava próximo a 2.500. O destino dos prisioneiros é um tema importante na sociedade palestina, onde cada família tem pelo menos uma pessoa que cumpriu sentenças de prisão em Israel.

As informações são da Associated Press.

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