A polícia egípcia deteve nesta terça-feira (11) mais 22 integrantes do grupo político banido Irmandade Muçulmana, em uma nova onda de repressão ao maior grupo de oposição islâmica do país antes das eleições locais de abril. As informações partiram de um oficial da polícia e do grupo. Muitos suspeitos são presos e levados das suas casas após o anoitecer, informou o site da Irmandade Muçulmana.
Os presos nessa onda de repressão incluem empresários e líderes graduados da Irmandade, que planejavam concorrer nas eleições de 8 de abril a 4,5 mil cargos de vereadores em Câmaras nas cidades. As Câmaras controlam vários serviços públicos no Egito, como abastecimento de água e escolas públicas elementares.
A Irmandade Muçulmana foi banida pelo governo egípcio em 1954, mas suas atividades não foram totalmente proibidas. Embora a Irmandade não possa se constituir em um partido, seus seguidores concorrem nas eleições locais e nacionais como candidatos independentes. O prazo final de registro para as eleições de abril é na quinta-feira desta semana.