Preso fundador de grupo terrorista nas Filipinas

As Filipinas anunciaram hoje a detenção de um dos fundadores do grupo extremista Abu Sayyaf. Segundo as autoridades locais, o militante Abdul Basir Latip era o homem encarregado de transportar recursos de líderes da Al-Qaeda na Arábia Saudita para o grupo muçulmano radical, que é acusado de cometer ataques terroristas nas Filipinas.

“Seu envolvimento não foi como um combatente, mas como um agente de finanças e o canal para a Al-Qaeda facilitar a transferência de recursos para o Abu Sayyaf”, afirmou Ricardo Diaz, porta-voz do Departamento Nacional de Investigação.

Latip foi preso no aeroporto de Jacarta, na Indonésia, portando um passaporte falso, em 21 de novembro. Só hoje ele foi levado para Manila, nas Filipinas.

Os Estados Unidos pedem a extradição de Latip por causa do sequestro do missionário norte-americano Charles Walton pelo seu grupo extremista, no sul das Filipinas, em 1993, informou o porta-voz. Um tribunal filipino vai decidir se Latip será extraditado. Walton foi libertado pelo grupo extremista após a mediação do governo líbio.

Usando camiseta e uma bandana, Latip parecia incomodado ao ser apresentado pelo Departamento Nacional de Investigação aos jornalistas. Ele afirmou inocência. “Eu não sou um membro do Abu Sayyaf, mas era amigo próximo de Janjalani” afirmou, em inglês.

Abu Sayyaf

O Abu Sayyaf foi supostamente fundado com dinheiro da Al-Qaeda para lutar pela criação de um Estado muçulmano no sul da Filipinas, país de maioria católica. Seus militantes, que nunca foram mais do que mil, atuam em ilhas remotas do sul das Filipinas, lançando mão de sequestros e outros crimes para arrecadar fundos.

Seus alvos são geralmente cristãos e estrangeiros. O grupo também costuma cortar a cabeça dos reféns se o resgate não for pago. O grupo é acusado pela explosão de uma bomba num ferry na baía de Manila em 2004, que deixou mais de 100 mortos. Foi o pior ataque terrorista da história recente do país.

Um pequeno número de soldados norte-americanos estão baseados no sul das Filipinas para ajudar a treinar soldados filipinos no combate ao grupo desde 2001. Autoridades locais dizem que os integrantes do grupo caíram de cerca de 1.000, oito anos atrás, para cerca de 300 a 400 agora, graças à campanha militar.

Um dos três reféns sequestrados pelo Abu Sayyaf na ilha de Basilan, sul do país, no dia 10 de novembro, foi assassinado na semana passada. Sua cabeça foi jogada um parque local. No dia seguinte, um professor universitário foi sequestrado e a polícia acredita que o grupo tenha praticado o crime.

As informações são da Dow Jones.

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