19 mortos

Presidente ucraniano faz ameaça após morte de soldados

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, prometeu vingança pela morte de 19 soldados atingidos por um ataque de insurgentes proveniente da cidade de Donetsk nesta sexta-feira. Os moradores da cidade, que é controlada pelos militantes pro-Rússia, começaram a deixar o local em grande número, temendo o cerco prometido pelo governo.

A morte dos soldados logo no começo do dia, em uma base militar próxima a fronteira com a Rússia, foi uma derrota para o governo, que havia dominado a região na última semana. Além dos mortos, outros 93 soldados foram feridos pelos foguetes usados no ataque, segundo o Ministério da Defesa da Ucrânia.

“Para cada um de nossos soldados mortos, os militantes vão pagar com dezenas ou centenas de seus combatentes”, disse o presidente Petro Poroshenko.

Tropas do governo lutam há mais de três meses contra os separatistas no leste da Ucrânia. Nas últimas duas semanas, Kiev conseguiu separar o território dominado pelos militantes pró-Rússia em duas partes, expulsando-os da região de Slovyansk para Donetsk, cidade industrial com um milhão de habitantes. Agora, o presidente promete cercar a área.

Os líderes da autoinstituída República Popular de Donetsk anunciaram que vão retirar os moradores de bairros inteiros por causa do possível cerco. O governo local foi instituído em 7 de abril, mas não foi reconhecido por nenhum outro país. A população da cidade se apressava para deixar suas casas com medo de ser atingida pelos combates. Os insurgentes têm se escondido em bairros residenciais como estratégia de proteção.

“A milícia começou a explodir estradas, então eu vou fugir enquanto ainda há tempo. Não quero virar escudo humano para os militantes”, disse o empresário de 56 anos e morador da região, Andrei Koziyatko. O comércio também fechou as portas com medo da resposta do governo. Segundo a prefeitura, 30 mil pessoas já deixaram a cidade, mas de acordo com o primeiro-ministro da República Popular de Donetsk, Alexander Boroday, 70 mil pessoas deixaram a região. Fonte: Associated Press.

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