O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, pediu hoje o fim da greve aos patrões e empregados das minas de platina da região de Rustenburg, no noroeste da África do Sul, que iniciou há mais de um mês.

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As jazidas são as mesmas em que 44 pessoas morreram em decorrência de confrontos violentos entre membros de sindicatos rivais e a polícia em meados de agosto, no maior incidente policial desde o fim do Apartheid, em 1994.

Zuma afirmou que a paralisação causou perdas de 4,5 bilhão de rands (US$ 563 milhões) pela quantidade de ouro e platina devido às greves desde o início do ano e que isso poderia provocar uma recessão.

“Pedimos aos empregados e seus empregadores que encontrem uma solução rápida, considerando o impactoque poderia ter o conflito na nossa economia. Não podemos permitir uma recessão”, disse o presidente.

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O valor que não foi recolhido representa 2% de todo o volume de negócios do setor. A atividade mineira é uma das principais fontes de renda do país, com uma contribuição direta de 9% do PIB. Se consideradas as atividades vinculadas, a parcela chega a 19%.

Massacre

Dez homens -incluindo dois policiais e dois seguranças- foram mortos durante os confrontos entre sindicatos rivais entre os dias 10 e 12 de agosto. Quatro dias depois, 34 mineiros grevistas morreram e 78 ficaram feridos quando a polícia abriu fogo contra uma multidão de manifestantes na mina de Marikana.

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Os feridos foram mantidos na prisão, depois que um tribunal do subúrbio de Pretória acusou 270 operários de homicídio. No início de setembro, a decisão judicial foi revista e os presos libertados.