O presidente iraniano Hassan Rouhani pediu na terça-feira mais liberdade acadêmica nas universidades do país, afirmando que as restrições sufocam inovações e incentivam a bajulação.

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“Restrições irrelevantes levam à ausência de tolerância, à saída de indivíduos honestos e competentes e à promoção por favores pessoais”, disse Rouhani em discurso no evento de abertura do ano acadêmico na Universidade de Teerã.

“Não vamos criar um clima de bajulação na universidade”, disse ele durante o discurso, que foi transmitido em rede nacional pela emissora estatal de televisão. “Não deveríamos nos preocupar com a expressão de diferentes pontos de vista pelos professores da universidade.”

Rouhani, que foi eleito ano passado, prometeu promover maior abertura na república islâmica, mas enfrentou uma forte resistência dos conservadores do governo.

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Ele reclamou do fato de não haver representantes dos estudantes discursando durante a cerimônia, dizendo: “Eu estou aqui para ouvir, não para discursar. É uma pena não haver o discurso de um representante de uma associação de estudantes na programação de hoje.”

Rouhani acrescentou que “governar e administrar o país não é possível sem tolerância. Vamos deixar as pessoas se expressarem.”

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Vários estudantes presentes ao evento carregavam placas nas quais se lia “esperamos a realização das suas promessas”, em referência à eleição do ano passado, quando Rouhani prometeu mudanças após o governo do seu antecessor conservador, Mahmoud Ahmadinejad.

O Irã elege um novo presidente a cada quatro anos, mas o líder do Supremo aiatolá Ali Khamenei tem a decisão final nas questões mais importantes.

Em agosto, o Parlamento predominantemente conservador destituiu o ministro do Ensino Superior, o reformista Reza Faraji Dana, por tentar trazer de volta professores e estudantes que haviam sido expulsos durante o governo de Ahmadinejad. Rouhani indicou outro reformista para ocupar interinamente o cargo de ministro. Fonte: Associated Press.