O presidente da França, François Hollande, chegou ao Egito neste domingo para uma visita a partir da qual pretende aprofundar os “laços distintos e fortes” que os dois países compartilham. A visita ocorre ao mesmo tempo em que a imagem do Egito está manchada em razão do caso de um estudante italiano que foi sequestrado e torturado até a morte no Cairo.

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A passagem pelo Egito faz parte de uma viagem de Hollande por três nações do Oriente Médio. O líder francês tem sido acompanhado por uma grande delegação empresarial. Espera-se que os dois países assinem acordos nas áreas de energia, infraestrutura e cultura, de acordo com um comunicado publicado pelo governo egípcio.

As ruas de Cairo estão tomadas por bandeiras dos dois países e retratos de Hollande e do presidente egípcio, Abdel-Fattah el-Sissi. El-Sissi tem investido tempo, energia e viagens para reatar laços com a Europa Ocidental

após um período de frias relações depois que, em 2013, um movimento liderado por ele derrubou o primeiro presidente eleito do Egito, o islamita Mohammed Morsi. As relações melhoraram desde então, com França e Itália emergindo com os mais fortes apoiadores do líder egípcio.

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Hollande foi o mais importante chefe de Estado da Europa Ocidental que marcou presença na cerimônia de inauguração de uma ampliação do Canal do Suez, um projeto multibilionário que El-Sissi considera como a principal de suas realizações em quase dois anos de mandato. Além disso, o Egito fechou um negócio multimilionário com a França para comprar 24 caças.

Os dois países coordenam combate ao terrorismo e, como a Itália, ambos têm um grande interesse em que conter uma afiliada local da grupo extremista Estado Islâmico na Líbia, vizinho ocidental do Egito. Fonte: Associated Press.

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