O Uruguai finalmente divulgou as regras de legalização do mercado de maconha neste ano, detalhando como o governo planeja se envolver em todos os aspectos do negócio. Consumidores terão de ser registrados e cada compra será rastreada para garantir que não adquiram mais de 10 gramas por semana, informou o presidente uruguaio, José Mujica, em entrevista à Associated Press na sexta-feira.

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As normas devem entrar em vigor na terça-feira. Mujica reforçou que nunca seu governo teve a intenção de criar um paraíso para adoradores da maconha. “Nenhum vício é bom”, afirmou. Até o começo de dezembro, uma rede de farmácias deverá vender a erva a consumidores registrados por menos de US$ 1 a grama, explicou o porta-voz do presidente, Diego Canepa, na noite de ontem.

Assim como o tabaco, a maconha virá em embalagens que alertam sobre os riscos à saúde e seu uso será restrito a residências privadas ou locais a céu aberto. Além disso, os motoristas serão submetidos a testes pela polícia para garantir que não estejam fumando sob a influência do entorpecente.

O governo uruguaio venderá cinco variedades, contendo um nível máximo de 15% de THC, substância responsável pelos efeitos da erva. Cada embalagem terá código de barras e será registrada em um banco de dados que permitirá às autoridades rastrear a origem e determinar sua legalidade, de acordo com Canepa.

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As regras adotadas limitarão o cultivo a seis plantas por casa, não por pessoa, como alguns entusiastas esperavam. Ainda segundo o porta-voz de Mujica, os usuários serão identificados nas farmácias por impressão digital para preservar sua identidade. Fonte: Associated Press.