O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, voltou ao país na manhã desta segunda-feira, quase duas semanas após uma viagem inesperada para Dubai (Emirados Árabes Unidos) onde recebeu tratamento médico. Seu afastamento deu início a rumores de que ele poderia deixar o cargo em meio à forte pressão do poderoso Exército paquistanês.

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O retorno deve ajudar a acalmar as especulações sobre seu futuro político. Mas autoridades não deixaram claro qual foi o problema que acometeu o presidente, que continua sob a ameaça de um escândalo, iniciado com o envio de um memorando, que irritou os militares e levou a renúncia do embaixador do Paquistão nos Estados Unidos.

O avião de Zardari aterrissou numa base aérea da cidade de Karachi pouco depois da meia-noite (horário local) informou Manzoor Wassan, ministro do Interior da província da de Sind, qual Karachi é a capital.

O presidente viajou para Dubai em 6 de dezembro em meio aos rumores sobre seu estado de saúde e as razões que o teriam obrigado a deixar o país.

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Autoridades divulgaram um comunicado feito pelo médico do presidente na semana passada que dizia que Zardari, que sofre de problemas cardíacos, havia ficado desmaiado por vários minutos e estava com dores num dos braços. Uma pessoa próxima disse, em condição de anonimato, que Zardari havia sofrido um “acidente vascular cerebral leve” que não deixou sequelas.

O presidente enfrenta uma crise por causa de sua suposta ligação com um memorando secreto enviado para Washington em maio, que pedia ajuda norte-americana para evitar um suposto golpe militar, após o ataque dos Estados Unidos que matou Osama bin Laden.

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O ex-embaixador do Paquistão nos Estados Unidos, Husain Haqqani, é acusado de ser o mentor do documento com o apoio de Zardari. Haqqani e o presidente negam as acusações, mas o representante diplomático renunciou ao posto após o escândalo. As informações são da Associated Press.