O presidente do México, Felipe Calderón, que se encontra no meio de um mandato de seis anos marcado pela guerra contra os traficantes de drogas e pela mais profunda recessão no país em décadas, substituiu ontem o procurador-geral, o presidente do monopólio estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) e o ministro da Agricultura. Em discurso na residência presidencial, Calderón disse que aceitou a renúncia do diretor executivo da Pemex, Jesus Reyes Heroles, e que o substituirá por Juan Jose Suarez, ex-diretor financeiro da companhia.
Ele também aceitou a renúncia do procurador-geral Eduardo Medina Mora, e indicou para o seu lugar Arturo Chavez, cuja designação depende de aprovação pelo Senado. Outro integrante do governo a renunciar foi o ministro da Agricultura, Alberto Cardenas, que será substituído por Francisco Mayorga, titular da pasta em 2005 e 2006, durante o governo do predecessor de Calderón, Vicente Fox.
As mudanças se seguem às eleições parlamentares, nas quais a legenda do governo, o Partido da Ação Nacional (PAN), sofreu uma dura derrota para o oposicionista Partido Revolucionário Institucional (PRI). A troca de integrantes do governo também ocorre num momento em que Calderón prepara o envio ao Congresso de sua proposta orçamentária para 2010, com o governo enfrentando pressões fiscais decorrentes do declínio na receita do petróleo e na arrecadação de impostos. As informações são da Dow Jones.