Sob pressão dos manifestantes e aliados regionais, o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, disse neste sábado (21) que irá assinar um acordo para deixar o poder após 32 anos.
Mesmo assim, disse que a proposta era um “golpe” e alertou aos Estados Unidos e a Europa que sua saída abrirá a porta para o Al-Qaeda assumir o controle da nação.
Os sinais divergentes emitidos pelo presidente Ali Abdullah Saleh, seguem-se a duas promessas anteriores de assinar a proposta. Em ambas ocasiões, ele desistiu na última hora do compromisso.
Mas em um sinal de que desta vez ele pode estar pronto para assinar o acordo, a coalizão dos partidos de oposição envolvidos nas negociações com os mediadores do Golfo Árabe foi persuadida a assinar o acordo neste sábado, um dia antes de Saleh, como garantia de que o presidente também assinaria o compromisso.
“Aceitamos a iniciativa de parar com o derramamento de sangue”, disse Saleh em discurso na televisão. Uma nota oficial divulgada antes do discurso disse que Saleh assinaria o acordo amanhã.
A proposta, mediada pelo bloco regional de seis países chamado Conselho de Cooperação do Golfo, garante que Saleh não será julgado se deixar o cargo de presidente em 30 dias.
Não há certeza, entretanto, de que essa condição será aceita por todos os diferentes grupos de manifestantes contra o seu governo, revoltados com a corrupção e a pobreza. Mais de 150 pessoas já morreram até agora em enfrentamentos com as forças de segurança de Saleh. As informações são da Associated Press.
