O presidente do Equador, Rafael Correa, pediu a renúncia de seu gabinete, depois que o partido governista Alianza Pais (sigla em espanhol para Pátria Altiva e Soberana) sofreu um revés nas eleições provinciais e municipais.
As três cidades mais populosas do Equador, Guayaquil, Quito e Cuenca, elegeram prefeitos de oposição nas eleições de domingo, de acordo com pesquisas de boca de urna e dados oficiais preliminares.
Durante uma reunião com jornalistas em Guayaquil na noite de terça-feira, Correa disse que a mudança no gabinete é necessária e já estava planejada antes das eleições. Alterações de gabinete são normais no Equador, mas elas geralmente ocorrem no final de dezembro ou no início do ano.
Fontes próximas ao governo disseram nesta quarta-feira que ocorrerão pelo menos quatro mudanças no gabinete. Um dos ministros a serem removidos poderia ser o atual ministro de Recursos Naturais Não-renováveis, Pedro Merizalde. “O presidente precisa de uma figura mais forte para este ministério, que é fundamental para a realização de importantes projetos de petróleo e mineração, mas somente o presidente sabe a decisão final”, afirmou uma das fontes. Merizalde não quis comentar o assunto.
Correa também disse que haverá uma reestruturação de líderes provinciais da sigla. Correa, que também é o chefe do Alianza Pais, participou ativamente da campanha que antecedeu as eleições, promovendo os candidatos. No domingo, os equatorianos foram às urnas para eleger 5.661 autoridades provinciais e municipais, incluindo 221 prefeitos pelo país. O presidente disse que a perda de Quito foi dolorosa e qualificou os resultados das três cidades como um revés para o seu partido e para o que chama de “revolução dos cidadãos”.
De acordo com dados preliminares compilados pelo jornal El Universo, o Alianza Pais provavelmente venceu apenas uma eleição para prefeito nas 10 maiores cidades do país. Apesar das derrotas, o partido continua a ser o maior grupo político no Equador. O Conselho Nacional Eleitoral do Equador ainda não divulgou os resultados oficiais das eleições. Fonte: Dow Jones Newswires.