Os 33 mineiros resgatados da mina de San José, no norte do Chile, posaram para fotos com o presidente do país, Sebastián Piñera. Os trabalhadores estão ansiosos para se reunir com suas famílias e dormir em suas próprias camas pela primeira vez desde 5 de agosto. Parentes organizam festas de boas-vindas e tentam lidar com o assédio dos que querem pegar carona na fama dos mineiros.
Piñera posou com os resgatados, a maioria deles usando roupões e pantufas, para uma fotografia em grupo e a seguir celebrou a retirada deles do subsolo e as conquistas que levarão o Chile a uma novo nível de respeito em todo o mundo.
Os mineiros e o país nunca serão os mesmos, disse Piñera. “Eles experimentaram uma vida nova, um renascimento”, disse. “Não somos os mesmos que éramos antes do deslizamento do dia 5 de agosto. Hoje, o Chile é um país muito mais unido, forte e muito mais respeitado e amado em todo o mundo.”
O vice-diretor do Hospital Regional de Copiapó, Jorge Montes, disse que alguns dos mineiros deixarão o hospital ainda hoje, apesar do impacto físico e emocional dos 69 dias em que passaram a quase 700 metros de profundidade. “Nenhum deles está em estado de choque”, afirmou ele, e todos devem deixar o hospital assim que passarem por uma bateria de exames médicos e psicológicos.
Todos os mineiros permanecem tensos, contou Montes, o que, segundo ele, é natural, tento em vista o que os 33 passaram e o que enfrentarão no início de suas novas vidas. “Todos foram expostos a um alto nível de estresse, a maioria passou por esses momentos de forma notável. Alguns apresentam algumas pequenas complicações, mas nada preocupante.”