O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, ordenou que a polícia suspendesse a sua “guerra às drogas” após policiais que não estavam em serviço sequestrarem e matarem um empresário sul-coreano no fim de semana.

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O incidente renovou as críticas sobre a expurgo cometido pela polícia, que já matou mais de duas mil pessoas desde a chegada de Duterte ao poder, em junho. Outras cinco mil mortes podem estar conectadas ao mesmo movimento, essas por mãos de possíveis justiceiros.

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Em uma coletiva de imprensa na noite do domingo, Duterte disse que irá reorganizar a forma que a polícia opera. Já o general Ronald dela Rosa afirmou que a autoridade para perseguir casos relacionados à narcóticos será entregue para a Agência de Combate às Drogas das Filipinas até que uma investigação na polícia seja completada.

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Para grupos de direitos humanos, as declarações são apenas um exercício de relações públicas. Para Phelim Kine, da ONG Human Rights Watch, a campanha “constitui uma traição da confiança pública”. Segundo Duterte, a campanha contra as drogas vai continuar até o fim de seu mandato, em 2022.

A morte do sul-coreano Jee Ick-joo, no entanto, foi um forte revés a Duterte, que já se desculpou ao governo da Coreia do Sul. Ela também iniciou uma investigação no Senado filipino, que pode danificar ainda mais a imagem do presidente e da polícia.

Segundo promotores locais, o empresário foi sequestrado em 18 de outubro por policiais, sendo morto horas depois por estrangulamento dentro do quartel general da polícia nacional das Filipinas, em Manila.

Nas semanas após a morte de Jee, seus sequestradores fingiram que ele estava morto e pediram 5 milhões de pesos filipinos, cerca de US$ 100 mil, pelo resgate à sua espos. Após o pagamento inicial, eles pediram outros 4,5 milhões de pesos. Fonte: Associated Press.