Presidente da Tunísia defende intervenção militar árabe

O presidente da Tunísia, Moncef Marzuki, afirmou hoje ser favorável a uma força árabe de manutenção da paz na Síria. A proposta foi feita pelo Qatar na Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).

Marzuki acredita que a presença militar de países árabes é algo possível para tentar a paz na Síria, que passa por confrontos entre rebeldes e o regime de Bashar Assad.

“Uma operação de manutenção de paz por parte dos países árabes é algo possível.Temos impulsionado uma saída pacífica, mas se for necessário, deve haver uma força árabe de paz”, afirmou.

Ontem, o emir do Qatar, xeque Hamad bin Khalifa al Thani, aliado da oposição síria, propôs na ONU uma intervenção militar árabe a fim de acabar com o conflito na Síria, que já se estende por um ano e meio.

Após a proposição, representantes árabes se reuniram para discutir sobre o conflito. No encontro, Marzuki defendeu a intervenção, dizendo que é uma forma de assumir as responsabilidades na crise política.

“Temos que fazer algo, porque é óbvio que com este sangrento ditador, estamos diante de um Nero que é capaz de destruir todo um país para manter-se no poder”, ressaltou.

Atenções

A guerra na Síria tem ocupado grande parte das discussões dos líderes mundiais na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York.

Hoje, o presidente do Egito, Mohammed Mursi, disse ser contra uma intervenção militar e prefere uma saída negociada para o conflito e voltou a dizer que o governo de Assad é opressivo.

“Nós continuaremos a trabalhar para pôr um fim ao sofrimento do povo sírio e promover a eles uma oportunidade para a escolha livre do regime que os representem melhor”.

O mandatário dos EUA, Barack Obama, disse na terça que o futuro sírio “não pode pertencer a um ditador que massacra o povo”.

Ele também defendeu que a comunidade internacional fique atenta para que o conflito não termine em um ciclo de violência sectária.

A presidente Dilma Rousseff defendeu a cooperação entre os países para enfrentar a crise síria, criticando a possibilidade uma intervenção militar no país.

“Não há solução militar para a crise síria. A diplomacia e o diálogo não são apenas a melhor, mas, eu creio também, a única opção”.

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