O presidente da Somália, xeque Sharif Sheik Ahmed, declarou hoje estado de emergência no país. O governo de Ahmed, apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), luta contra uma insurgência islâmica, que quer derrubar o regime e instalar um Estado islâmico rígido. Ahmed disse que a declaração de emergência significa que “nossas forças estão em alerta completo”. O governo da Somália não informou quais serão as mudanças práticas em razão do anúncio.

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Houve aumento da violência nas últimas semanas, que, segundo diplomatas, ocorre porque os rebeldes tentam expulsar as forças oficiais de pontos estratégicos em Mogadiscio, capital da Somália. Quase 200 pessoas morreram nesses confrontos. Na semana passada, o ministro da Segurança Nacional e o chefe da polícia da capital estavam entre os mortos. O ministro da Defesa somali se reuniria com seu colega francês, em Paris, mas voltou ao país por causa da instabilidade.

Parlamentares somalis pediram no fim de semana intervenção internacional imediata de países como Quênia, Etiópia e Djibuti, para enfrentar a insurgência. Porém, não havia por enquanto anúncios dessas nações sobre reforços. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) informou que quase 126 mil pessoas fugiram de suas casas desde 7 de maio em razão da violência. A ONU estima que 3,2 milhões de somalis, quase a metade da população do país, precisam de comida e de outras formas de auxílio humanitário. O país não tem um governo de fato desde 1991, quando o fim de uma ditadura levou o caos à Somália.

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