Resultados preliminares da apuração eleitoral mostravam neste domingo o partido do presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, à frente em várias regiões, enquanto funcionários aguardavam dados do norte do país para determinar se o atual líder pode vencer o pleito em primeiro turno. Enquanto isso, autoridades naquela região do país disseram que uma bomba em um hotel simples feriu oito pessoas, após as eleições.

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Jonathan tornou-se presidente após a morte de seu antecessor, no ano passado. É visto como favorito, já que seu partido domina a política nigeriana desde que o gigante do oeste da África tornou-se uma democracia, há 12 anos. Mas vários outros candidatos obtiveram apoio dos muçulmanos no norte, e com isso pode ocorrer um segundo turno pela primeira vez no país.

Para vencer, Jonathan precisa de um nível de apoio mínimo em todas as regiões da nação de 150 milhões de habitantes. É uma fórmula complicada, algo similar à dos colégios eleitorais nos Estados Unidos. Uma vitória em primeiro turno virá apenas se o presidente obtiver o apoio de pelo menos um quarto dos eleitores em pelo menos dois terços dos Estados e na capital.

No domingo, funcionários encarregados da apuração disseram que Jonathan venceu na capital, Abuja, bem como nos Estados de Enugu e Ogun. Mas isso representa apenas uma parcela do total e não inclui o norte do país, onde Jonathan precisa ao menos um apoio parcial para vencer na primeira votação.

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Em Kaduna, um porta-voz da polícia disse no domingo que dois suspeitos foram detidos após a explosão de uma bomba no fim do sábado. As autoridades não sabiam a motivação do ataque. Em Kaduna, que antes era uma base governista, os resultados mostravam que os eleitores preferiram o oposicionista Muhammadu Buhari, ex-líder militar do norte que chegou a comandar brevemente a Nigéria, após um golpe em 1983.

A Nigéria tem um histórico de eleições violentas e fraudadas. Observadores internacionais disseram que a votação no sábado correu bem, apesar de alguns registros de irregularidades. As informações são da Associated Press.

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