O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou hoje que está em tratamento contra um câncer de próstata, mas que tem “97% de chances” de ficar “completamente curado” após uma operação marcada para esta quarta.
Segundo o jornal colombiano “El Tiempo”, o presidente afirmou que há 11 anos faz um acompanhamento anual de saúde, e que, por esse motivo, o tumor cancerígeno foi detectado a tempo.
O mandatário colombiano revelou que, durante sua estadia em Nova York para participar da Assembleia-Geral da ONU, também se consultou com outros doutores a respeito da operação, a conselho de seu médico pessoal.
Os especialistas confirmam a avaliação inicial, de acordo como diário local “El Colombiano”.
Para o médico pessoal do presidente, Felipe Goméz, o tratamento não vai exigir nem radioterapia nem quimioterapia, apenas “uma cirurgia aborrecida”, como se referiu o próprio Santos.
O caso de Santos se soma aos de outros presidentes latino-americanos que se trataram recentemente de câncer: Cristina Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela) e Fernando Lugo (Paraguai). No Brasil, a doença atingiu o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e a atual presidente, Dilma Rousseff.
Farc
Embora Santos tenha salientado que sua incapacidade no período pós-operatório será limitada, o problema de saúde surge num momento bastante delicado de sua gestão. No próximo dia 8 está prevista uma reunião inicial entre o governo colombiano e representantes do movimento guerrilheiro Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em Oslo, na Noruega.
Essas conversações têm por objetivo negociar um cessar-fogo com o grupo guerrilheiro, atuante há 40 anos no país, e qualificado como uma organização terrorista pela União Europeia e os EUA. O fim do conflito armado também é um dos pontos importantes de discussão. O presidente não esclareceu imediatamente se as negociações marcadas devem sofrer algum adiamento por conta de seu problema de saúde.
