Presidente da Bolívia destitui ministro flagrado com suposta prostituta

O presidente boliviano, Evo Morales, destituiu nesta terça-feira (27) o ministro de Águas, Abel Mamani, semanas após a imprensa do país ter denunciado irregularidades no gabinete de Mamani e um dia depois de uma emissora de TV ter divulgado fotos do ministro com uma suposta prostituta. Mamani sempre foi um importante aliado do presidente. Antes de ser nomeado para o cargo no Ministério de Águas em janeiro de 2006, o agora ex-ministro foi o principal dirigente da Fejuve, federação de associações de moradores da cidade-dormitório de El Alto, a 12 quilômetros de La Paz.

As fotos do ex-ministro em situações íntimas com uma jovem foram apresentadas pelo jornalista Ronald Méndez, diretor do jornal El Mundo, de Santa Cruz. Segundo Méndez, a mulher que acompanhava Mamani é uma prostituta que disse ter enviado as fotos há dez dias para o presidente, sem ter nenhuma resposta. O jornalista também insinuou que quem distribuiu as imagens para a imprensa foi o senador do partido governista Omar Fernández, que estaria interessado no cargo de Mamani. No entanto, em entrevista a uma emissora de rádio, Méndez afirmou ter conseguido as fotos com uma fonte não identificada em La Paz.

O ex-ministro também foi acusado recentemente de gastar fundos públicos em diversão durante viagens oficiais à Europa e também de organizar festas em prostíbulos de El Alto. Mamani negou as acusações e disse que estava sendo vítima de uma "campanha política" de outros dirigentes da cidade. Apesar de o governo não ter indicado um sucessor, especula-se que Edgar Patana, líder sindical de El Alto, seria nomeado para o cargo. "O presidente vai designar um novo ministro quando considerar oportuno", disse o porta-voz presidencial, Alex Contreras.

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