Presença da mãe é fundamental na recuperação das crianças

A presença da mãe ou de outra pessoa que seja referência afetiva para a criança é fundamental para acelerar o processo de cura. Os números do Hospital Pequeno Príncipe, um dos maiores exclusivamente pediátricos do País, comprovam essa teoria. Desde que o Programa Família Participante foi implantado na instituição, estimulando a permanência e qualificação de um acompanhante ao lado da criança durante a hospitalização, o sofrimento psíquico foi minimizado, aumentando, desta forma, a capacidade de reação ao tratamento. O programa apresenta resultados efetivos de melhoras do paciente, como a redução do tempo de internação em 54,34% e redução dos índices de infecção hospitalar em 20%. O número de crianças atendidas de 1991 a 2007 foi de 213.144

"Hoje é muito raro recebermos uma criança desacompanhada e cerca de 80% dos acompanhantes são mulheres, sendo que 60% são mães e 15% são as avós", conta a chefe do Serviço de Psicologia do Hospital, Daniela Carla Prestes. "Ter a mãe ou outra pessoa que seja referência afetiva ao seu lado faz com que a criança se sinta mais segura e reaja melhor ao tratamento", completa. 

"Não consigo imaginar o fato de não poder estar ao lado da minha filha durante a internação. Esta é a sexta vez que ela é internada, devido a problemas neurológicos. Minha filha precisa que eu fique ao lado dela 24 horas, para levantá-la quando tem as crises causadas pela pneumonia, para acomodá-la na cama, alimentá-la, enfim, para lhe prestar toda a assistência necessária", diz Cíntia Mikos Ribas, que acompanha a filha de três anos.

Além de ser comprovadamente benéfico para a criança, a companhia de um adulto ao seu lado é um direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) desde 1991.

Aproveitando as comemorações pelo Dia das Mães, o Pequeno Príncipe está encaminhando a todos os hospitais do Paraná que possuem leitos de pediatria o livro "Família Participante – A Humanização Hospitalar como Resgate da Dignidade, Exercício da Cidadania e Transformação da Gestão Hospitalar". A publicação traz um passo-a-passo sobre como implantar um programa de acompanhamento aos pacientes de forma segura, tanto para a instituição quanto para pacientes e familiares.

"Ao encaminhar essa publicação para os hospitais do Paraná, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde, queremos compartilhar o conhecimento existente na instituição, que é hoje uma referência nas práticas de humanização hospitalar. Com essa iniciativa queremos também abrir um canal de comunicação para que as experiências de humanização existentes em todo o Estado possam chegar até nós, enriquecendo também as nossas práticas", diz a diretora de Relações Institucionais, Ety Cristina Forte Carneiro.

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