A primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, disse neste sábado que, embora ela não veja um fim rápido para impasse político no país, o governo está disposto a negociar com os adversários para acabar com a crise.
Em uma entrevista com um pequeno grupo de jornalistas estrangeiros, Yingluck Shinawatra disse que “a porta ainda está aberta” ao diálogo.
A Tailândia tem sido repetidamente atingida por grandes crises políticas desde que o Exército depôs o então primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, o irmão mais velho de Yingluck, em um golpe de Estado em 2006. Na última rodada de protestos, pelo menos cinco pessoas morreram e 289 ficaram feridas neste mês, antes da onda de violência diminuir na semana passada.
Os manifestantes liderados pelo ex-parlamentar Suthep Thaugsuban prometeram derrubar o governo de Yingluck. Os grupos de protesto também ocuparam o Ministério de Finanças e parte de um vasto complexo de escritórios do governo durante uma semana.
Suthep quer a criação de um “Conselho Popular” não-eleito que deve substituir o governo de Yingluck. A autoridade da atual premiê foi democraticamente estabelecida em uma votação esmagadora há dois anos. A eleição que a levou ao poder foi considerada como livre e justa por observadores internacionais.
Yingluck disse que ela não queria se agarrar ao poder. “Nós não temos qualquer resistência sobre renunciar ou dissolver o Parlamento”, disse ela. Essas coisas, no entanto, só podem ocorrer se todas as partes concordarem e se novas eleições forem realizadas.
Suthep disse que a renúncia da primeira-ministra não seria suficiente para acabar com a crise. Ele também rejeitou qualquer nova eleição porque sabe que a oposição provavelmente seria derrotada. Várias representações do partido de Yingluck ganharam todas as eleições do país desde 2001.
Na sexta-feira, Suthep pediu que seus seguidores fizessem manifestações em massa na segunda-feira para um confronto final, elevando temores sobre uma onda maior de violência após vários dias de calma. Fonte: Associated Press.