O primeiro-ministro da Tailândia, Abhisit Vejjajiva, rejeitou, neste sábado, a proposta de manifestantes de oposição, também conhecidos como “camisas vermelhas”, de dissolver o Parlamento em 30 dias, o que levou os opositores a abandonarem as negociações para se buscar um fim à crise política que abala o país.
A ruptura das negociações soterra as esperanças de uma solução pacífica iminente para terminar com o impasse nas esferas políticas, que tem sido marcado pelo acirramento das hostilidades e confrontos de rua violentos. Os “camisas vermelhas” vinham exigindo a dissolução imediata do Parlamento, com convocação de eleições diretas. Mas amenizaram o tom na sexta-feira, quando apresentaram ao governo a oferta para que adotasse a medida em um prazo de 30 dias. Os opositores viam a dissolução do Parlamento como uma maneira de prevenir a crescente onda de violência nas ruas. Mas a imprensa local afirmou neste sábado que Vejjajiva rechaçou a proposta.
Nattawut Saikua, um importante líder dos opositores, afirmou que, com a rejeição desse compromisso pelo governo, não haveria sentido prosseguir com as negociações. “As negociações serão paralisadas. Não vamos mais conversar”, declarou.
Os “camisas vermelhas” são oriundos em grande parte das áreas rurais pobres, bem como da classe trabalhadora urbana. Eles dizem que o governo de Abhisit não é democrático, pois chegou ao poder por meio de um voto do Parlamento, no fim de 2008. Antes, o Judiciário havia decidido retirar do poder aliados do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra.