Os poloneses votam hoje nas eleições parlamentares que vão determinar se a Polônia continua em seu curso conciliatório com a Rússia e a Alemanha ou se volta a ter uma postura mais combativa com esses inimigos históricos.
Antes da votação de hoje, as pesquisas mostravam na liderança o partido do primeiro-ministro centrista e pró-União Europeia, Donald Tusk. Mas a expectativa era de que enfrentasse um duro desafio do Partido da Lei e da Justiça, partido conservador e nacionalista de Jaroslaw Kaczynski.
O ex-premiê Kaczynski fez várias declarações contra a Alemanha nos últimos dias, indicando que seu partido está preparado para retomar o tom de confronto com o país vizinho.
Os laços com a Rússia também serão determinados por quem vencer. Tusk tem tentado melhorar o relacionamento com o país que muitos poloneses ainda temem e sentem ressentimento devido à invasão do lado oriental da Polônia por Moscou em 1939 e ao domínio durante a Guerra Fria. Um governo liderado por Kaczynski certamente iria alterar a postura.
Os eleitores vão eleger 460 legisladores para a câmara baixa do Parlamento, o Sejm, e 100 para o Senado. O partido com o maior número de assentos ganha o direito de formar o governo. Se não houver uma maioria direta, será necessário buscar um parceiro de coalizão.
A maioria dos eleitores que deixavam as urnas de Varsóvia hoje disse que havia votado pelo Plataforma Cívica, de Tusk. “Tusk é o melhor político que temos”, disse Antoni Stapka, engenheiro de 60 anos. “Ele está aberto ao mundo, é pró-Europa e nos conduziu com segurança pela crise. Ele toma decisões razoáveis sobre a economia e não deixa que as emoções o guiem.”
As urnas ficarão abertas até as 21 horas (16 horas, horário de Brasília). Pesquisas de boca de urna serão divulgadas quando acabar a votação, e o resultado oficial deve sair algumas horas depois. As informações são da Associated Press.