Premiê nega que EUA precise ficar mais no Iraque

O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, negou, por meio de um comunicado, declarações de um membro de seu governo de que alguns soldados norte-americanos deveriam permanecer no país por mais 10 anos, a despeito de um pacto de segurança que pressupõe a retirada das tropas dos Estados Unidos até 2012. Nesta semana, o porta-voz do governo, Ali al-Dabbagh, afirmou a repórteres, em Washington, que as tropas norte-americanas precisariam continuar treinando as forças de segurança iraquianas mesmo após 31 de dezembro de 2011, o prazo máximo acertado por ambas as partes para que as tropas dos EUA deixem o país.

“O que foi anunciado sobre a necessidade de as forças iraquianas precisarem de 10 anos para ficarem em ordem é apenas um ponto de vista pessoal e não representa a opinião do governo iraquiano”, afirmou o premiê, por meio de um comunicado divulgado pelo seu gabinete.

Durante uma sessão de perguntas e respostas no Pentágono, em Washington, Al-Dabbagh tinha afirmado que o governo do Iraque estaria aberto a negociações que permitiriam manter as tropas no Iraque após o fim do prazo acertado para a retirada. As declarações reativaram o debate sobre o pacto entre os EUA e o Iraque, que precisa ser referendado pelos eleitores iraquianos até final de julho. Opositores ao acordo afirmam que a presença norte-americana é a principal razão por trás da instabilidade do país. Os comentários de Al-Dabbagh, que foram amplamente divulgados no Iraque, podem dar argumentos para os opositores do acordo antes do referendo.

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