Premiê do Zimbábue nega crime em acidente de carro

O primeiro-ministro do Zimbábue, Morgan Tsvangirai, disse nesta segunda-feira (9) que a colisão automobilística na qual ele se feriu e sua esposa faleceu na semana passada foi acidental, e não um ato criminoso. Tsvangirai fez a declaração a pessoas reunidas diante de sua residência em Harare, depois de ter recebido tratamento médico em Botsuana. Recentes episódios de violência política atribuídos ao governo do presidente Robert Mugabe – inclusive diversas tentativas de assassinato contra Tsvangirai – alimentaram especulações de que o episódio da última sexta-feira não teria sido acidental.

“Neste caso eu gostaria de dizer que não houve ato criminoso. Foi um acidente”, declarou Tsvangirai. O carro no qual viajava o casal colidiu com um caminhão que transportava ajuda humanitária americana por uma rodovia notoriamente perigosa nos arredores da capital zimbabuana.

Cólera

Uma epidemia de cólera iniciada em agosto do ano passado no Zimbábue já matou mais de 4 mil pessoas e o número de infectados se aproxima da marca de 90 mil, informou hoje a Organização das Nações Unidas (ONU). Em Genebra, a ONU informou que 4.011 pessoas morreram por causa do cólera no país africano. A disseminação da doença é atribuída ao colapso das infraestruturas de saneamento e saúde zimbabuanas.

Também hoje, a ministra da Saúde da África do Sul, Barbara Hogan, disse que o surto de cólera, que no fim do ano passado se expandiu para fora do Zimbábue, matou 59 pessoas em seu país, de um universo de 12.324 infectados, mas já está sob controle. Ela explicou que a maior parte dos casos da enfermidade registrou-se no norte da África do Sul, perto da fronteira com o Zimbábue, mas que nem todos os casos podem ser atribuídos ao país vizinho.

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