O primeiro-ministro da Irlanda, Enda Kenny, afirmou em entrevista neste domingo que a saída do país do programa internacional de resgate financeiro oferece esperança ao povo irlandês. Ainda assim, Kenny alertou que essa decisão não estabelece o fim dos sacrifícios financeiro do país.
Ministros do governo de coalizão de Kenny sinalizaram nos últimos dias que este domingo simbolizaria a saída da Irlanda do programa de resgate. Neste sábado o Fundo Monetário Internacional (FMI) desembolsou 890 milhões de euros (US$ 1,22 bilhão) – a última parcela do resgate de 67,5 bilhões de euros(US$ 92,83 bilhões) definido em novembro de 2010, após a crise mundial iniciada dois anos antes deixar o país à beira da falência.
A Irlanda enfrentou a falência em função da destruição do seu sistema bancário. Os níveis de desemprego e de emigração dispararam.
O governo informou que o pior da crise está terminado, mostrando que a austeridade imposta pela resgate projetado para corrigir as finanças do país tem valido a pena.
Em um discurso transmitido pela televisão, Kenny enfatizou os mesmos temas. Depois de reparar a reputação internacional do país, o premiê irlandês disse que o seu governo se financiará a partir de mercados de obrigações e que nunca permitiria que a nação voltasse a entrar em crise.
“Muitas famílias também tiveram que enfrentar as consequências devastadoras do desemprego e da emigração”, disse Kenny. “Mas agora está claro que os sacrifícios estão fazendo uma diferença real. O país deve manter a austeridade para controlar o seu déficit orçamentário, porque agora não é a hora de mudar o nosso rumo”, acrescentou.
De acordo com Kenny, o seu governo está pronto para enfrentar vários desafios e aumentar o total de emprego para mais de 2 milhões de pessoas até 2020, substituindo todos os empregos que foram perdidos durante a crise. Fonte: Dow Jones Newswires.